Gostaria neste primeiro post falar um pouco do que é ser cervejeiro. Não no sentido das horas em que ficamos numa sala de brassagem - que no verão poderia ser chamada de sauna de brassagem-, nem tão pouco da quantidade de sacos de maltes que carregamos, ou nos quantos banhos de fermentos já tomamos quando este entope a saída do tanque ao ser drenado. Gostaria de focar mais no lado romântico da história, olhar no produto final, a cerveja.
O cervejeiro é um engenheiro. Ao formular uma receita, usamos cálculos matemáticos na busca da cor, amargor, carbonatação, porcentagem de álcool e todas estas variáveis que determinam um estilo de cerveja. Devemos controlar o pH, a pressão do tanque, saber sobre bombas, troca térmica, etc. Todos estes dados devem ser controlados muito precisamente, por exemplo, pH = 5,55 não é igual a pH = 5,5, e são estes detalhes que vão somando-se para no final do processo fazer a diferença.
Porém, se a cerveja fosse só engenharia todas elas seriam muito parecidas, daí entra o lado mais impreciso, mais subjetivo, a arte.
Existem disponíveis no mercado mais de duas centenas de maltes diferentes. Ao tentarmos, por exemplo, fazer uma cerveja com a cor = 28 EBC, podemos atingir nosso objetivo por muitos caminhos, usando dois tipos de maltes apenas, ou usando seis tipos diferentes, e ao final, ambos terão a mesma cor em termos numéricos, mas sabor, aroma, e, dependendo dos maltes, até a cor visual totalmente diferentes. É através deste lado criativo que iremos construir a gama de sabores e aromas que uma cerveja possui. Não podemos esquecer que podemos fazer uma belíssima música com apenas três acordes, e nem sempre precisamos utilizar uma orquestra. Isso vai depender muito da ocasião, de quem queremos atingir e do que a história do estilo nos conta.
Muitas vezes a arte é interpretada como o lado oposto da engenharia, mas, para mim, que sou engenheiro por formação, estas duas ciências estão totalmente interligadas. Artistas ao fazerem suas obras muitas vezes utilizam a engenharia como o alicerce. Uma música é construída em marcações, uma poesia tem sua métrica, o quadro tem sua forma de traços, e do outro lado o engenheiro também utiliza a arte ao fazer a casa, o carro, o computador, etc. Assim acontece com a cerveja. Nós precisamos da base da engenharia para construir uma estrutura forte que suporte a arte do acabamento.
O cervejeiro é um engenheiro. Ao formular uma receita, usamos cálculos matemáticos na busca da cor, amargor, carbonatação, porcentagem de álcool e todas estas variáveis que determinam um estilo de cerveja. Devemos controlar o pH, a pressão do tanque, saber sobre bombas, troca térmica, etc. Todos estes dados devem ser controlados muito precisamente, por exemplo, pH = 5,55 não é igual a pH = 5,5, e são estes detalhes que vão somando-se para no final do processo fazer a diferença.
Porém, se a cerveja fosse só engenharia todas elas seriam muito parecidas, daí entra o lado mais impreciso, mais subjetivo, a arte.
Existem disponíveis no mercado mais de duas centenas de maltes diferentes. Ao tentarmos, por exemplo, fazer uma cerveja com a cor = 28 EBC, podemos atingir nosso objetivo por muitos caminhos, usando dois tipos de maltes apenas, ou usando seis tipos diferentes, e ao final, ambos terão a mesma cor em termos numéricos, mas sabor, aroma, e, dependendo dos maltes, até a cor visual totalmente diferentes. É através deste lado criativo que iremos construir a gama de sabores e aromas que uma cerveja possui. Não podemos esquecer que podemos fazer uma belíssima música com apenas três acordes, e nem sempre precisamos utilizar uma orquestra. Isso vai depender muito da ocasião, de quem queremos atingir e do que a história do estilo nos conta.
Muitas vezes a arte é interpretada como o lado oposto da engenharia, mas, para mim, que sou engenheiro por formação, estas duas ciências estão totalmente interligadas. Artistas ao fazerem suas obras muitas vezes utilizam a engenharia como o alicerce. Uma música é construída em marcações, uma poesia tem sua métrica, o quadro tem sua forma de traços, e do outro lado o engenheiro também utiliza a arte ao fazer a casa, o carro, o computador, etc. Assim acontece com a cerveja. Nós precisamos da base da engenharia para construir uma estrutura forte que suporte a arte do acabamento.
12 comentários:
Opa Alexandre, tudo bom?!
Sempre compro cerveja Bamberg em garrafa... Aliás, quais os tipos de cerveja em garrafa vocês tem disponível para esse mês?
Abraço,
Giovanni
Ale,
Vem vindo a blogosfera!
Serei seu leitor assíduo!
Um abraço
Alê,
parabéns pelo Blog e pelas cervejas.
abrasss,
andré
Giovanni,
Em abril temos a Pilsen, Munchen, Weizen, Schwarz e Rauch. Em maio entra a nossa primeira sazonal a Altbier e logo em seguida a Bock.
Obrigado por consumir nossas cervejas e qualquer dúvida estou a disposição.
Edu André
Muito obrigado por prestigiar o blog, é uma honra ter conhecedores de cervejas como vocês conosco.
Abraço
Parabéns pelo blog!!
Olha ainda bem que temos cervejeiros como vc para se preocupar com os cálculos, aromas, ph, etc. . .
Eu fico com a parte chata que é degustar vai, para mim tá bom!!
Dá-lhe bamberg, abraço
César
Valeu César, obrigado pela visita.
Mas o bom é que depois dos cálculos eu tenho que degustar, profissionalmente, claro.
Parabéns, Ale, pelo blog, super bacana.
E como disse o Edu, seja bem vindo, hehehe.
abração,
Botto
Valeu, Botto, é uma honra te-los como frequentadores do blog.
Abraço
Alexandre,
Fiuco extremante feliz em ver um profundo amante e conhecedor de cerveja dividir informações, curiosidades e novidades neste mundo do blog, que tanto facilitou a troca de informações.
Parabéns, fico feliz em poder aumentar ainda mais meus conhecimentos com seus belos textos.
Feijão
Obrigado pelos seus elogios, mas acredito que na maioria dos blogs cervejeiros nós estamos sempre aprendeendo algo interessante, inclusive no seu.
Abraço
Feijão
Obrigado pelos seus elogios, mas acredito que na maioria dos blogs cervejeiros nós estamos sempre aprendeendo algo interessante, inclusive no seu.
Abraço
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