quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Raimundos Helles - Eu quero ver o oco

Há alguns anos começamos a unir duas artes, a de fazer cerveja e o bom e nem tão velho assim, Rock’n Roll.
Fizemos a Camila Camila, homenagem ao grande sucesso dos gaúchos Nenhum de Nós, quase ao mesmo tempo começamos a fazer a Sepultura Weizen, cerveja de uma das maiores bandas de Metal do mundo e agora é com muita alegria que anuncio nossa parceria com o Raimundos, banda que fez a cabeça de muita gente desde os anos 90 quando começaram a tocar. O estilo escolhido foi o Helles, tradicional estilo da Baviera, uma cerveja clara, leve, porém com grande personalidade, uma lupulagem facilmente identificada, seja no final seco que ela nos proporciona, mas também no aroma floral que este a confere.

Rock’n Roll sempre foi isso, atingir o maior número de pessoas, com um som ou cerveja, que transmita um recado, seja diferente que a maioria, personalidade e atitude.
A Raimundos Helles será vendida em garrafas de 600mL e seu lançamento esta previsto no Festival Brasiliero da Cerveja que ocorre dos dias 20 a 23 de março em Blumenau. A distribuição da cerveja é da Bushido nossa grande parceira já na distribuição da Sepultura Weizen.
Esperamos que os fãs da banda e todos que curtem cerveja boa, gostem da Raimundos Helles. E em breve já teremos mais uma cerveja que homenageará uma mega banda do rock brasileiro.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Nosso próximo lançamento, uma Kölsch turbinada

 
Uma das nossas primeiras cervejas foi a Bamberg Altbier, tradicional estilo de Dusseldorf, logo em seguida comecei a fazer a Bamberg Kölsch, de Colônia e rival das Altbier, a rivalidade é tão grande que é impossível alguma cervejaria de Dusseldorf fazer Kölsch e vice-versa, com certeza a Bamberg é uma das poucas cervejarias no mundo que produz ambos estilos dentro da mesma cervejaria.
Em 2012 lançamos nossa cerveja sazonal a Bamberg CaoS, que é do estilo Doppelsticke, raríssimo de encontrar, é uma espécie de Altbier mais potente em álcool e lúpulo.
Em um dos vários momentos de degustação da Bamberg Caos, eis que Janaina solta a frase: Por que até hoje ninguém produziu o equivalente da Doppelsticke para o estilo Kölsch?
Na hora eu me dei conta que seria uma grande sacada, que até agora, pelo que eu pesquisei, ninguém fez esta “provocação”, pois duas cidades com tanta rivalidade, como Colônia e Dusseldorf, tantas histórias entre Altbier e Kölsch, como os cervejeiros de Côlonia deixaram passar desbercebido isso?

Foi então que comecei a pensar sobre a minha Kölsch mais potente, não saberia dizer qual nome seria adequado para o estilo, mas o foco da receita era fazer uma Ale, clara e com 8,0% de álcool, meu medo era de aparecer muito o calor do álcool, coisa que eu particularmente, vejo isso como um erro de processo.
Depois de alguns meses pensando na receita, arrisquei colocar em prática, fermento de Kölsch, só maltes claros, três lúpulos diferentes e uma grande atenuação para que a cerveja fique refrescante, se é que é possível uma cerveja com 8,0 de álcool ficar refrescante.
Neste momento a cerveja esta maturando e lançaremos em março, mais uma vez a Bamberg trás para o Brasil um estilo de cerveja inédito, e ainda, está não é a primeira vez que fazemos uma cerveja que não se enquadra em estilo nenhum, quem sabe no futuro estas cervejas serão novos estilos.
No próximo post falarei sobre o rotulo, nome da cerveja e análise sensorial.