Nos dois primeiros anos da Bamberg nós tínhamos a nossa
Kölsch, depois parei de fazer, não sei explicar o porquê, mas desde o ano
passado estava com vontade de fazê-la novamente.
A receita antiga tinha perdido, não sou muito apegado as
receitas, prefiro guardar na cabeça as características da cerveja, daí fica
fácil fazer novamente, mesmo sem ter os números
anterior.
A cidade de Colônia tem um dos Carnavais mais importante do
mundo, com desfile de rua, batucada, gente fantasiada, claro que tudo isso com
a temperatura abaixo de 5°C, foi então que surgiu a idéia de fazer a cerveja de
Colônia no período do Carnaval. Além deste fato, a Kölsch é uma cerveja ideal
para ser bebida no calor, se a festa pagã deles é no inverno, a nossa é no
verão e a cerveja irá nos refrescar e muito.
Já experimentei o Carnaval de Colônia e todas as Kölsch
fabricadas dentro da cidade, muitas delas são bastante comercial, quase como as
lagers fabricada pelas grandes cervejarias, mas algumas ainda mantém a cerveja
como no passado, corpo leve, pouco frutado, malte sutil e lúpulo perceptível,
uma cerveja única.
Devemos lembrar que a 50 km de Colônia esta Dusseldorf,
conhecida pela Altbier, podemos dizer que a Kölsch, a grosso modo, é uma versão
clara da Altbier, por isso, suas características são mais sutis. As duas cidades
alimentam uma rivalidade, Dusseldorf no passado pertencia a Colônia, hoje são
duas grandes cidades, mas é impossível que uma cervejaria em Colônia produza a
Altbier e uma cervejaria em Dusseldorf produza a Kölsch, a rivalidade chegou
até na cerveja.
Já havia escrito um pouco sobre esta rivalidade:
Para fazer a Bamberg Kölsch eu me inspirei nas pequenas
cervejarias de Colônia,depois de experimentá-las in loco, busquei na literatura
a Kölsch tradicional e daí procurei interpretar o estilo. A cerveja ainda esta
maturando, mas já posso adiantar que ela ficou excelente.
Na semana que vem eu vou falar mais sobre a Bamberg Kölsch,
as características sensoriais dela e apresentar o novo rótulo que esta muito
legal.