Ontem foi ao ar o segundo programa De Bamberg a Votorantim, o assunto foi história da cerveja.
Enquanto nosso logo pro programa esta sendo criado, pra ouvir você clica aqui.
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sábado, 11 de setembro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Helles X Pilsen
Neste post vou tentar mostrar grandes diferenças em cervejas que parecem iguais, são elas, Pilsen Tcheca e Bavarian Helles.
Provavelmente, a cerveja Helles já era produzida em Munich antes da cidade de Pilsen produzir sua cerveja, isto porque em Pilsen eles tinham todos os ingredientes necessários à produção da cerveja Pilsen, exceto o fermento de baixa fermentação.
Bier garten em Munich.
Este fermento foi trazido de uma cervejaria de Munich para que fosse possível fazer a primeira batelada do estilo de cerveja que dominaria o mundo. Porém, tanto a Pilsen como a Helles são fabricadas basicamente com água, malte claro, lúpulo floral e fermento lager, o que então as difere?
A água de Munich é moderadamente dura, fazendo com que ressalte o amargor do lúpulo, escurece a cor da cerveja e aumenta a sensação de corpo, com isso, é notado que todas as cervejas da Bavária possuem um amargor médio, eles são precavidos com a adição de lúpulo, o IBU normalmente varia de 15 a 25, se compararmos a cor da Helles com a Pilsen, a cerveja Bávara é sempre um pouco mais escura.
Já na cidade de Pilsen a água tem dureza muito baixa, favorecendo a alta lupulagem, deixando a cerveja bem clarinha e bastante leve.
Plantação de lúpulo.
Mas não é apenas a água que influencia nestes estilos, a grande estrela da cerveja Pilsen Tcheca é o aroma floral de lúpulo Saaz, característica fundamental para o estilo, além dos 35 a 45IBU, que passa desbercebido, suave; na Helles o lúpulo também traz características florais, mas de outra região, ele deve ser de Hallertauer, todas as Helles que já bebi possuíam lúpulo desta região, pouquíssimas se arriscam fora dela, daí a outra opção é Spalt, raramente. Pra mim, quando você fala Helles vem na minha cabeça o aroma e o sabor de Hallertauer e Pilsen a delicia do floral do Saaz.
Ambas as cervejas usavam a tripla decocção na mostura, coisa que atualmente esta ficando cada vez mais raro. Outra coisa em comum nos estilos é a leveza de ambas, são cervejas para beber em quantidade.
Vale lembrar que existem cervejas Pilsen em todos os países que produz cerveja, porém normalmente, com menos lúpulo e mais leve, como é o caso das comerciais brasileiras, talvez seja o único estilo de cerveja que cada país fez a sua adaptação, mas isto será assunto para um outro post.
Faz um ano que minha receita da Bamberg Helles esta pronta, mas não posso fazer, nem ela nem outras 4 que estão passando pelos censores da ditadura cervejeira.
Postado por
Alexandre Bazzo
às
13:57
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domingo, 4 de outubro de 2009
Como surgiu a Bamberg Rauchbier
Não sei por que hoje deu vontade de contar para vocês a história de como foi que nós resolvemos fazer nossa Bamberg Rauchbier.
A primeira vez que tomei uma cerveja defumada foi a lendária Marzen da Schlenkerla, que Thiago trouxe para mim direto da cidade de Bamberg, foi difícil tomar a garrafa toda, achei muito defumada, porém o tempo foi passando, o paladar apurando, vieram outras cervejas defumadas que eu experimentei e passei a gostar muito do estilo.
Quando visitei Bamberg pela primeira vez, foi o tempo de chegar ao hotel, tomar banho e caminhar 2 km direto para o pub da Schlenkerla, nesta época já bebia cerveja defumada como se fosse água, nos dias seguintes visitamos todas as cervejarias da cidade e mais algumas da região, e como me sinto no dever de verificar a qualidade das cervejas da região, toda vez que vou para lá, sou obrigado a degustar todas novamente, profissionalmente, claro.
Porém, a cervejaria Bamberg não tinha este estilo no seu portifólio, e muitos turistas que vinham nos visitar estranhavam, uma cervejaria que leva o nome da cidade famosa por suas cervejas defumada não tinha a sua.
Numa noite regada a muita cerveja com nossos amigos da Weyermann, surgiu a idéia, vamos fazer a nossa rauch, porém precisamos dar alma para ela, não bastava apenas usarmos matérias-primas excelentes, a cerveja precisa ter algo mais e foi assim que surgiu a idéia de trazermos um mestre cervejeiro de lá para fazer a cerveja, o nome foi unânime, o mestre cervejeiro e bier somellier Stefan Grauvogl.
Foi então que no dia 06 de agosto de 2008 nós jogamos o primeiro saco de malte defumado dentro de nossa tina de mostura, em pouco tempo a cervejaria estava tomada no ar pelo aroma defumado, foi então que eu senti que esta era a cerveja que faltava para trazermos a cidade de Bamberg mais próxima de nós.
Desde então nas bateladas seguintes as receitas vieram mudando, sempre fazendo ajustes, mas uma característica que ela não perdeu foi o equilíbrio, nota-se o defumado nela, sem que este seja enjoativo, é uma cerveja muito complexa, mas conseguimos bebe-la com facilidade.
Hoje em dia as pessoas que vem nos visitar e muitas outras pelo Brasil, podem encontrar na cervejaria Bamberg a cerveja ícone da cidade de Bamberg.
A primeira vez que tomei uma cerveja defumada foi a lendária Marzen da Schlenkerla, que Thiago trouxe para mim direto da cidade de Bamberg, foi difícil tomar a garrafa toda, achei muito defumada, porém o tempo foi passando, o paladar apurando, vieram outras cervejas defumadas que eu experimentei e passei a gostar muito do estilo.
Quando visitei Bamberg pela primeira vez, foi o tempo de chegar ao hotel, tomar banho e caminhar 2 km direto para o pub da Schlenkerla, nesta época já bebia cerveja defumada como se fosse água, nos dias seguintes visitamos todas as cervejarias da cidade e mais algumas da região, e como me sinto no dever de verificar a qualidade das cervejas da região, toda vez que vou para lá, sou obrigado a degustar todas novamente, profissionalmente, claro.
Porém, a cervejaria Bamberg não tinha este estilo no seu portifólio, e muitos turistas que vinham nos visitar estranhavam, uma cervejaria que leva o nome da cidade famosa por suas cervejas defumada não tinha a sua.
Numa noite regada a muita cerveja com nossos amigos da Weyermann, surgiu a idéia, vamos fazer a nossa rauch, porém precisamos dar alma para ela, não bastava apenas usarmos matérias-primas excelentes, a cerveja precisa ter algo mais e foi assim que surgiu a idéia de trazermos um mestre cervejeiro de lá para fazer a cerveja, o nome foi unânime, o mestre cervejeiro e bier somellier Stefan Grauvogl.
Foi então que no dia 06 de agosto de 2008 nós jogamos o primeiro saco de malte defumado dentro de nossa tina de mostura, em pouco tempo a cervejaria estava tomada no ar pelo aroma defumado, foi então que eu senti que esta era a cerveja que faltava para trazermos a cidade de Bamberg mais próxima de nós.
Desde então nas bateladas seguintes as receitas vieram mudando, sempre fazendo ajustes, mas uma característica que ela não perdeu foi o equilíbrio, nota-se o defumado nela, sem que este seja enjoativo, é uma cerveja muito complexa, mas conseguimos bebe-la com facilidade.
Hoje em dia as pessoas que vem nos visitar e muitas outras pelo Brasil, podem encontrar na cervejaria Bamberg a cerveja ícone da cidade de Bamberg.
Postado por
Alexandre Bazzo
às
20:03
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