Uma das nossas primeiras cervejas foi a Bamberg Altbier,
tradicional estilo de Dusseldorf, logo em seguida comecei a fazer a Bamberg
Kölsch, de Colônia e rival das Altbier, a rivalidade é tão grande que é
impossível alguma cervejaria de Dusseldorf fazer Kölsch e vice-versa, com
certeza a Bamberg é uma das poucas cervejarias no mundo que produz ambos
estilos dentro da mesma cervejaria.
Em 2012 lançamos nossa cerveja sazonal a Bamberg CaoS, que é
do estilo Doppelsticke, raríssimo de encontrar, é uma espécie de Altbier mais
potente em álcool e lúpulo.
Em um dos vários momentos de degustação da Bamberg Caos, eis
que Janaina solta a frase: Por que até hoje ninguém produziu o equivalente da
Doppelsticke para o estilo Kölsch?
Na hora eu me dei conta que seria uma grande sacada, que até
agora, pelo que eu pesquisei, ninguém fez esta “provocação”, pois duas cidades
com tanta rivalidade, como Colônia e Dusseldorf, tantas histórias entre Altbier
e Kölsch, como os cervejeiros de Côlonia deixaram passar desbercebido isso?
Foi então que comecei a pensar sobre a minha Kölsch mais
potente, não saberia dizer qual nome seria adequado para o estilo, mas o foco
da receita era fazer uma Ale, clara e com 8,0% de álcool, meu medo era de
aparecer muito o calor do álcool, coisa que eu particularmente, vejo isso como
um erro de processo.
Depois de alguns meses pensando na receita, arrisquei
colocar em prática, fermento de Kölsch, só maltes claros, três lúpulos
diferentes e uma grande atenuação para que a cerveja fique refrescante, se é
que é possível uma cerveja com 8,0 de álcool ficar refrescante.
Neste momento a cerveja esta maturando e lançaremos em
março, mais uma vez a Bamberg trás para o Brasil um estilo de cerveja inédito,
e ainda, está não é a primeira vez que fazemos uma cerveja que não se enquadra
em estilo nenhum, quem sabe no futuro estas cervejas serão novos estilos.
No próximo post falarei sobre o rotulo, nome da
cerveja e análise sensorial.
7 comentários:
Oba Agora já pode pedir???
Que beleza Alexandre !
Ficaremos no aguardo.
Algo parecido com uma Strong Golden Ale por exemplo ?
Abs.
rotenfussbier pode sim, pelo contato@cervejariabamberg.com.br.
Abraço
Luiz Henrique Garcia,
A idéia é que fique uma cerveja seca, algumas SGA acho muito doce, lembrando que a SGA são cervejas da escola Belga, e esta que fiz, segue a escola Alemã, poderiamos dizer que é uma DoppelKölsch.
Abraço.
Maravilha Alexandre !
De fato algumas SGA tem esse dulçor pronunciado.
Quando estará disponível no PDV ?
Abraço.
Alexandre,
Mais uma vez a Bamberg yrtrazendo inovação.
Eu, particularmente, já me aventurei nesse campo, e desenvolvi uma Kolsch turbinada, mas com o mesmo receio do calor do álcool, limitei-a a 6,5%, porém acentuei propositadamente o aroma e amargor, com Saaz e Hallertauer Mittlefruh.
Eu, e os companheiros cervejeiros locais, apreciamos muito o resultado, porque resultou numa cerveja alemã, com características próximas às da APA, porém sem tanto corpo, exatament com mais frescor...
A sua tem tudo para ser inesquecível.
Parabéns!!!
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