terça-feira, 6 de maio de 2014

Die Hard, uma brincadeira séria.

Degrau de cima: Duda e Ricardo.
Degrau de baixo: Eu, Felipe, Diego.

Toda boa história começa na mesa de bar, pelo menos para nós cervejeiros. Foi assim que começou a história desta cerveja.

A ideia inicial surgiu da cabeça do meu amigo Diego Baião, além de amante, ou melhor, fissurado, pelas cervejas que levam lúpulos americanos, ele também é dono de quase uma rede de bares no Rio de Janeiro, o Boteco Colarinho e o Pub Escondido.

Vendo a oportunidade de uma remessa de lúpulos americanos chegando bem frescos e em bastante variedade, ele propôs fazermos uma cerveja de brincadeira, na verdade queríamos apenas uma desculpa pra ele vir aqui na Francônia Brasileira e fazermos um churrasco, como minhas cervejas são sempre os estilos de inspiração alemão, no primeiro momento veio a ideia de pegarmos um deles e adicionarmos os lúpulos, mas o negocio ficou legal quando ele sugeriu que o estilo base fosse uma bohemian pilsen, base de malte bem simples, onde as grandes estrelas seriam os lúpulos.

Avançando um pouco mais, surgiu a ideia de adicionarmos todos os lúpulos nos 30 minutos finais da fervura, foram 10 tipos diferentes, não anotei e não lembro quais eram, atingindo os 46 IBU calculado, normalmente começa-se adicionar os lúpulos logo no inicio da fervura, ou seja, 60 à 90 minutos antes de acabar a fervura.

Faltava o nome, aproveitamos o clima descontraído, a nomeamos de Die Hard, o estilo pilsen foi desconfigurado ao longo dos anos pelas grandes cervejarias, cada vez mais neutro no aroma e sabor, virou o simbolo da cerveja ruim, o que sabemos que não é verdade, existem excelentes pilsen no mundo, muito complexas, aromáticas, mas sempre delicadas, o que as grandes cervejarias fazem está longe de ser pilsen, por isso, apesar de décadas tentando ser assassinada pelas grandes cervejarias e nos últimos anos também sendo mal entendida por alguns cervejeiros artesanais, a verdadeira pilsen continua firme e forte, ela é duro de matar.

Pra tudo ficar perfeito, descobrimos que o Ricardo Rosa e a Duda, cervejeiros caseiros que estão começando na indústria, estariam por perto na data do cozimento da cerveja, e pra nossa alegria conseguiram vir até aqui na Francônia Brasileira pra nos ajudar nesta empreitada.

Foi assim então que surgiu a Die Hard, ela será vendida apenas em chope, servida em alguns pdvs que vendem Bamberg ou se você preferir pode encomendar em alguma Bamberg Express perto de você ou através do contato@cervejariabamberg.com.br caso você seja da região. A cerveja estará liberada a partir do dia 15 de maio de 2014. Não é uma cerveja sazonal, só será feito este tanque dela.