terça-feira, 30 de março de 2010

Harmonização para o feriado da Semana Santa.

Sexta feira muitas pessoas comerão bacalhoada por causa da tradição da Semana Santa. Este prato pode ser preparado de várias formas, mas normalmente ele é uma difícil harmonização para vinhos, porém nós não precisamos nos preocupar com isto, pois ele é um excelente par com a Bamberg Weizenbier.

Observem um dedo no lado esquerdo da foto, com certeza não foi o Totinha quem tirou.

Tomei como base a bacalhoada da minha mãe, o motivo é simples, é a que eu mais gosto, ela coloca no forno o bacalhau, com batatas, tomate, cebola, ovo cozido, azeitonas pretas, pimentão e os temperos regado de muito azeite, fica excelente, este é um resumo da receita, pois eu não sei o passo a passo dela.

O prato é salgado devido o peixe e com sabores fortes, mas tem suas sutilezas como a batata e o ovo, já a Bamberg Weizenbier, por ser uma típica cerveja de trigo da bavária, tem força suficiente para encarar o prato, o malte de trigo junto com os aromas e sabores frutados do fermento, consegue neutralizar o sal e os sabores mais fortes do prato, sem contar que a alta carbonatação vai lavar nossa língua para o próximo bocado.

Vale ressaltar que a Bamberg Weizen é feita com 60% de malte de trigo e seu fermento vem direto da Bavária para nós, por isso ela é tão parecida com as típicas weizenbier da Bavária.
No domingo de Páscoa se o almoço for com tender, leitoa assada ou churrasco, a cerveja pode ser a Bamberg Munchen ou Bamberg Rauch bier.

Você acha que não dá para comer ovo de Páscoa com cerveja, mas dá, a Bamberg Schwarzbier é a pedida.

Bom, a dica ta dada, agora é torcer pra que tenhamos muito sol no final de semana prolongado e curtir as cervejas com os pratos. Se tiver calor pra matar a sede nada melhor que a Bamberg Pilsen, já que entre uma refeição e outra não podemos ficar sem nos hidratar.

Só um lembrete, quem for pegar a estrada, harmonize os pratos com sucos.

segunda-feira, 29 de março de 2010

1001 Beers You must taste before you die.

Foi lançado mundialmente o livro 1001 Beers you must taste before you die, são 1001 cervejas do mundo todo escolhidas por um grupo de especialistas na bebida, para nossa honra a Bamberg Rauch bier foi uma das escolhidas, é uma enorme alegria fazer parte deste grupo seleto de grandes cervejas do mundo.

A Bamberg Rauchbier vem nos presenteando com vários prêmios, o European Beer Star de 2009, depois foi a segunda colocada no Melhores do Ano da Prazeres da Mesa e agora este importante livro que será distribuído no mundo todo. Estes prêmios são frutos de um trabalho duro em prol da cultura cervejeira nacional que a Bamberg vem desenvolvendo ao longo de nossa história, não de forma solitária mas sim com o apoio de várias pessoas, associações e cervejarias amiga.

Obrigado a todos da Bamberg que trabalham duro todos os dias para produzir não apenas cervejas, mas também alma a nossos produtos.

Outra cerveja nacional citada no livro foi a Colorado Demoiselle, acredito que o Brasil foi bem representado por nós no 1001 Beers you must taste before you die.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Estamos no caminho.

Não tenho dúvida que o mercado de cervejas especiais cresce a passos largos, porém ainda somos muito pequenos, temos entre 0,5 a 0,2% do mercado cervejeiro, somando todas as microcervejarias que existem no Brasil, por volta de 100.
Mas estamos no caminho certo? Ainda não, mas a caminho.

Se olharmos um pouco o mercado italiano de cervejas temos uma semelhança muito grande com o nosso, um país que não tem a cultura cervejeira araizada, é dominado por poucas grandes cervejarias e até 15 anos atrás o que se bebia era basicamente a lager clara sem gosto.

Quase que ao mesmo tempo em que as cervejas artesanais brasileiras também surgiram as italianas, só que com grande ousadia, inovação, criatividade, coisa que cá pra nós esta escasso em cervejas tupiniquins.


Temos um grande número de cervejarias fazendo a boa e velha lager-água e a segunda opção é a compota de cerveja, isto é, preta com caramelo e o que é pior quando se arrisca num estilo diferente acontece erros absurdos, por exemplo, a cerveja tem nome de estilo belga e o cervejeiro diz que é inglesa e assim vai...
Sempre a desculpa é "temos que adaptar ao paladar brasileiro". Ora, nossa língua é diferente das dos Europeus e Americanos? Não temos inteligência suficiente pra apreciarmos bons produtos?
Não, temos os mesmos sensores gustativos que outros povos do mundo, não é o clima também, pois existem estilos de cervejas que são muito refrescantes, a resposta que vejo para isto é simples, falta de conhecimento de quem produz a cerveja, este que normalmente passou a vida fazendo ou bebendo o que tínhamos no mercado a 15 anos atrás e subestimar o consumidor, pensando que é melhor gastar com marketing do que com produção da cerveja.


Mas vejo que a situação tende a mudar, podemos ver uma juventude de cervejeiros surgindo, com idéias novas, ousadas e sem ficar presos a falsas verdades, este é um lado da balança, do outro temos consumidores inteligentes, que não compram a cerveja por causa de uma mulher bonita ou um artista na televisão, muito menos ele aceita o falso escambo, compre minha cerveja que eu "dou" para você um chaveiro ou um copo, etc. Sem falar nos excelentes restaurantes que estão oferecendo cartas de cervejas, livre de bandeiras de grandes cervejarias, vendendo o que o dono quer e não o que é imposto pelo seu fornecedor de cerveja.
O momento é muito importante, temos que nos unir a quem esta remando junto com nós e tentar jogar fora do barco que rema na direção contrária, e está união deve ser ampla, cervejarias, homebrew, distribuidores, bares, restaurantes e mídia em geral, todos que queiram passar a informação correta aos clientes, sem meias verdades, só assim teremos consumidores conscientes para escolher nossos produtos sem influência externa.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Metzger Reichert.

Passear no interior da Francônia nos apresenta varias surpresas, sejam elas as quase 300 cervejarias ou as belas paisagens que padece um retorno ao passado. Porém, nada me surpreendeu tanto como a cervejaria e fábrica de defumados e embutidos Metzger Reichert, isso mesmo a cerveja e os embutidos são feitos no mesmo equipamento, tudo isso comandado pelo proprietário, cervejeiro e fabricante de embutidos Manfred Reichert, uma figura, como todo cervejeiro artesanal empolgadíssimo e mostrando todo seu processo muito artesanal, seja da cerveja como dos embutidos.


Á fábrica fica no seu quintal e na frente o comércio dos seus produtos, trabalha junto com sua esposa, são apenas os dois no processo de fabricação e venda, localizado na minúscula vila de Uetzing, à 35 km de Bamberg.


No dia da minha visita ele estava higienizando os equipamentos que no dia anterior tinha sido usado para as carnes e no próximo dia seria feito cerveja, ele também estava defumando as carnes, o cheiro é fantástico, toma conta do ambiente, os embutidos são uma delícia, muito defumado, mas ao mesmo tempo suave, sem o excesso de sal, não utiliza os famigerados nitrito e nitrato comum por nossas bandas; a cerveja também é boa, ele faz apenas uma lager dourada, encorpada, com uns 25 IBU.

O interessante é que às vezes não conseguimos definir o que é produzir cerveja artesanalmente e este é um bom exemplo, não devido aos equipamentos, mas a atitude da cervejaria, dos proprietários e funcionários, com muita dedicação, carinho e amor no que faz, assim o departamento de marketing não é necessário na empresa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Weizen bock e suas versões experimentais.

Quando falei no post sobre a Weizen bock que maturou no carvalho, passou por dry hop e refermentei na garrafa com fermento de champagne, eu contei uma parte da história, ou melhor, um terço dela.
Depois que tirei do barril de carvalho separei a cerveja em três partes, onde refermentei uma parte com fermento de champagne, outra com Brettanomyces e outra com fermento de weizen misturado com Bretta. Como a Brettanomyces demora no mínimo 3 meses para fermenentar, tive que utilizar técnicas de respiração para controlar a ansiedade, não deu resultado, foi impossível esperar tanto tempo, abri uma garrafa com 40 dias de fermentação.
Como uma boa cerveja deve ser bebida em boas companhias aproveitei a visita do David e do Elso, da Lamas, Marcus da Sorocabana e o Caco do Almanaque Café para experimentarmos a novidade.
Degustamos as três cervejas juntas, a base de todas é a mesma, Weizenbock, maturada por 4 meses no barril de carvalho com dry hop, o que mudou foi a refermentação na garrafa.


A cerveja refermentada com fermento de champagne cada vez que eu bebo fico mais empolgado, é um furacão de complexidade, misturando refrescância e bom corpo, características da cerveja original com toques do champagne, seca, bem carbonatada, fantástica.
A mistura do fermento weizen e Bretta é nítido o domínio do segundo, acidez marcante, rústica, encorpada, bastante carbonatada, muito interessante.
A refermentada com Brettanomyces foi uma surpresa, no aroma misturou as caracteristicas desta levedura selvagem com o dry hop, no sabor muita complexidade, encorpada, menos ácida que a anterior, rústica, bem carbonatada, não esperava tudo isto dela, fantástica.
Temos três produtos totalmente diferentes um do outro, tivemos uma aula dada por seres vivos invisíveis, os fermentos, foi uma das experiências em que mais aprendi sobre cerveja.
Mas o teste final seria feito mais tarde, estava esperando a visita de dois amigos e mestres cervejeiros, o Frank da Weyermann e o Alexsander da Agrária, ambos formados em tradicionais escolas alemã. Posso garantir que pela reação dos dois ao tomar o gole a cerveja agradou muito.
Bom, foi uma tarde onde pude dar um grande passo na direção da inovação e ao conhecimento de novas técnicas, a cerveja refermentada com champagne entrará em linha ainda este ano.

sexta-feira, 5 de março de 2010

I Worshop de Cerveja Caseira.

Em 2010 a Bamberg completa 5 anos de existência, não só fazendo cervejas especiais, mas também ajudando a promover a cultura cervejeira no Brasil.

Por isso, iremos fazer uma série de eventos voltado a promover a cultura cervejeira e também a cultura em geral, além disso, teremos site novo, lançamentos de novas cervejas e muitas outras novidades que irei avisando através do blog, twitter, facebook e todas estas maravilhas da modernidade.

Bom, para iniciarmos as comemorações teremos o I Workshop de Cerveja Caseira que será realizado pela Acerva Paulista aqui na Bamberg dia 20 de Março às 10h, os participantes aprenderão como fazer cerveja em casa, claro que o dia será à base de muitas cervejas especiais da Bamberg e caseiras.

As inscrições e maiores informações pode ser obtida no site http://www.acervapaulista.com.br/.