segunda-feira, 8 de março de 2010

Weizen bock e suas versões experimentais.

Quando falei no post sobre a Weizen bock que maturou no carvalho, passou por dry hop e refermentei na garrafa com fermento de champagne, eu contei uma parte da história, ou melhor, um terço dela.
Depois que tirei do barril de carvalho separei a cerveja em três partes, onde refermentei uma parte com fermento de champagne, outra com Brettanomyces e outra com fermento de weizen misturado com Bretta. Como a Brettanomyces demora no mínimo 3 meses para fermenentar, tive que utilizar técnicas de respiração para controlar a ansiedade, não deu resultado, foi impossível esperar tanto tempo, abri uma garrafa com 40 dias de fermentação.
Como uma boa cerveja deve ser bebida em boas companhias aproveitei a visita do David e do Elso, da Lamas, Marcus da Sorocabana e o Caco do Almanaque Café para experimentarmos a novidade.
Degustamos as três cervejas juntas, a base de todas é a mesma, Weizenbock, maturada por 4 meses no barril de carvalho com dry hop, o que mudou foi a refermentação na garrafa.


A cerveja refermentada com fermento de champagne cada vez que eu bebo fico mais empolgado, é um furacão de complexidade, misturando refrescância e bom corpo, características da cerveja original com toques do champagne, seca, bem carbonatada, fantástica.
A mistura do fermento weizen e Bretta é nítido o domínio do segundo, acidez marcante, rústica, encorpada, bastante carbonatada, muito interessante.
A refermentada com Brettanomyces foi uma surpresa, no aroma misturou as caracteristicas desta levedura selvagem com o dry hop, no sabor muita complexidade, encorpada, menos ácida que a anterior, rústica, bem carbonatada, não esperava tudo isto dela, fantástica.
Temos três produtos totalmente diferentes um do outro, tivemos uma aula dada por seres vivos invisíveis, os fermentos, foi uma das experiências em que mais aprendi sobre cerveja.
Mas o teste final seria feito mais tarde, estava esperando a visita de dois amigos e mestres cervejeiros, o Frank da Weyermann e o Alexsander da Agrária, ambos formados em tradicionais escolas alemã. Posso garantir que pela reação dos dois ao tomar o gole a cerveja agradou muito.
Bom, foi uma tarde onde pude dar um grande passo na direção da inovação e ao conhecimento de novas técnicas, a cerveja refermentada com champagne entrará em linha ainda este ano.

5 comentários:

Botto disse...

Que SHOW, Ale, parabéns. Cada dia que passo fico mais fã dos bichinhos invisíveis, que de fato são os nossos cervejeiros prediletos.
Abração,
Botto

Alexandre Bazzo disse...

Fala Botto

Vc tem razão, temos que cuidar bem deles. Agora, quando vc vem pra cá pra experimentar estas cervejas?

Abraço

Rodrigo Campos disse...

Oi Alexandre,

Não faz inveja assim em nós. Quem dera poder provar estas belezinhas.

Alexandre Bazzo disse...

Rodrigo

Vem pra Bamberg no concurso da Acerva Paulista em Julho e tomamos uma juntos.

Abraço

Fabiano disse...

Alexandre!!
Sou fã das cervejas da Bamberg e gosto demais da Camila Camila e gostei muito do seu blog.
Agora se vc poder me ajudar como faço para usar o Brettanomyces?
faço a fermentação naturalmente depois maturo certo. Uso o bretta agora mas aí vem a duvida deixo ela uns 3 meses maturando com o Bretta ou posso engarrafar com o Bretta e esperar esse 3 meses com ele engarrafado ou engarrafo depois de 3 meses fazendo o priming normalmente. Duvidas!! Muitas Duvidas!! Com a levedura de champagne faço a mesma coisa???